Agentes do Gaeco cumpriram mandado na livraria, em Sidrolândia

A Paulo Freire Livraria, em Sidrolândia, voltou a ser alvo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial em Repressão ao Crime Organizado) nesta quarta-feira (1º). O local já foi visitado pelos agentes em uma das fases da Operação Tromper, que revelou esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, sob a gestão de Vanda Camilo (PSDB).
O esquema tinha como chefe o pelo ex-vereador de Campo Grande e genro de Vanda, Claudinho Serra (PSDB). Entretanto, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ainda não divulgou qual a operação integra as ações desta quarta.
Durante a gestão tucana, a livraria chamou a atenção da população ao fechar contrato com a prefeitura para fornecer R$ 12 mil em panetones, em 2022. Além disso, a prefeitura, agora sob a gestão de Rodrigo Basso (PL), tem dois contratos vigentes com a livraria, do empresário Pedro Luiz Ribeiro Ruano.
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A empresa faturou R$ 605.308,40, por meio de dispensa de licitação, em abril, com a venda de uma série de itens, incluindo, dentre outros produtos, 8,5 mil apontadores, 1.920 cadernos capa dura, 5,3 mil cadernos de caligrafia grande brochura. Ademais, tem contrato vigente para futura aquisição de material esportivo, no valor de R$ 6,5 mil.
Ação em Campo Grande
O Gaeco está cumprindo mandados em Campo Grande nesta manhã, com foco em contratos de empresas de informática. As buscas acontecem em diversos endereços da Capital com apoio do Batalhão de Choque.
Um dos endereços alvo fica na Rua Rio Grande do Sul, entre as ruas Euclides da Cunha e Manoel Inácio de Souza, no Jardim dos Estados.
Além disso, os agentes estiveram na Zornimat, no Centro de Campo Grande. O Gaeco também cumpre mandados em Miranda.
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Operação Tromper
Com as primeiras fases, a investigação identificou a organização criminosa voltada para fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia.
Assim, o MPMS aponta, na denúncia, que o grupo criminoso agia para fraudar e direcionar licitações em Sidrolândia, favorecendo-se.
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Com isso, desviava valores desses contratos para os investigados. Claudinho, então secretário de Fazenda do município, seria mentor e teria cooptado outros servidores. Assim, o ex-vereador e outros dois alvos de mandados de prisão acabaram presos.