De acordo com o Estadão, o plano prevê reembolso de R$ 250 milhões.

Kit Covid: Ex-ministros acionam TCU para barrar reembolso para farmácias

Ex-ministros da Saúde, atual deputado Alexandre Padilha (PT-SP) e o senador Humberto Costa (PT-PE), acionaram o TCU (Tribunal de Contas da União) para apurar o reembolso de farmácias que distribuíram o Kit Covid. O Ministério da Saúde estuda inserir os medicamentos do kit no programa de Farmácia Popular.
De acordo com o Estadão, o plano prevê gastar até R$ 250 milhões para reembolsar farmácias conveniadas para que distribuam de graça a hidroxicloroquina e o antibiótico azitromicina. Até o momento, esses medicamentos não possuem eficácia comprovada contra o coronavírus. Entretanto, são utilizados pelo governo de Jair Bolsonaro para enfrentar a pandemia.

No pedido, Padilha afirmou que é “inadmissível tamanha irresponsabilidade com os recursos públicos”. O texto foi encaminhado ao ministro Benjamin Zymler, responsável por relatar os processos sobre ações da Saúde neste período.

Além disto, o deputado também solicitou informações ao Ministério da Saúde sobre a distribuição dos medicamentos. Segundo apuração do Estadão, o governo possui mais de 2,5 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina em estoque.

Contudo, o plano de reembolso da distribuição gratuita dos convênios continua. A grande quantidade é formada por parte do lote de 3 milhões de unidades que foi enviado por Donal Trump e da farmacêutica Sandoz. Esses medicamento não estão previstos para compor o kit que será entregue nas farmácias.

Ainda sobre o kit, existe uma baixa procura pelos medicamentos. Os em estoque, ainda precisam ser fracionados para serem distribuídos pelo país. Costa, que é o próprio criador do Farmácia Popular, em 2004, afirmou que a inclusão dos medicamentos não tem “qualquer fundamentação científica”.

Por fim, no pedido, Costa solicita que o Ministério Público junto ao TCU analise a proposta da gestão de Pazuello. “Subverte a lógica do programa, que é focar em algumas doenças que precisam ser tratadas permanentemente e de forma adequada”, disse o senador ao Estadão.