Caso aconteceu em setembro de 2016, em Campo Grande. Vídeo com a agressão na rua circulou nas redes sociais.

Justiça de MS marca para setembro júri popular de rapaz que agrediu outro por ter urinado no carro dele
Jhonny em vídeo que pediu desculpas à vítima, em 2016 / Foto: Reprodução/TV Morena

A Justiça de Mato Grosso do Sul marcou para 17 de setembro, a partir das 8h (de MS), o júri popular de Jhonny Celestino Holsback Belluzzo, acusado de agredir Samuel Acosta Gomes, após uma festa, na Vila Jacy, em Campo Grande.

A agressão aconteceu no dia 18 de setembro de 2016, após a vítima ter urinado em um dos pneus do carro do acusado, depois de uma festa. Jhonny Celestino responde por tentativa de homicídio qualificada pelo meio cruel, motivo fútil e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.

Em edital no Diário Oficial da Justiça desta segunda-feira (12), consta que Jhonny Celestino está "em local incerto e não sabido". No entanto, a advogada dele, Nabiha de Oliveira Maksoud, afirma que ele está trabalhando, cursando administração de empresas e morando com os pais.

Agressão
 
O caso começou a ser investigado pela Polícia Civil após um vídeo com a agressão circular em redes sociais. As imagens foram feitas por uma das pessoas que assistiam às agressões. É possível ouvir pedidos para os suspeitos pararem os ataques. Um rapaz tenta, sem sucesso, separar a briga: "Não mata ele, não". A sessão de violência durou pelo menos 1 minuto e 25 segundos, conforme a gravação.
 
Na época, o também advogado de Jhonny, Ronye Mattos, disse que o cliente dele não queria machucar Samuel. "Ele não tinha intenção de ocasionar mal maior. Foi um momento em que ele ficou nervoso e ele já se arrependeu disso.

Ele já procurou o rapaz, o rapaz já procurou ele, já pediu desculpa", afirmou a defesa.

Após a divulgação do caso, o rapaz fez um vídeo pedindo desculpas à vítima.

"Vim pedir perdão pela violência gratuita que vocês viram. Principalmente perdão aos pais do Samuel e ao Samuel. Foi uma m**** que eu fiz. Nunca quis causar um mau maior para ele", fala o jovem no vídeo.

Ele diz ainda que por causa da agressão teve que mudar a rotina. "Tive que largar o emprego, tranquei a matrícula na faculdade. Eu e meus pais, principalmente, estamos sendo ameaçados todo dia de tudo quanto é canto da cidade. Não posso mais sair na rua", fala.