Vítima, que foi atacada por golpes de dois facões, caiu em frente a uma casa no Zé Pereira.

Dois irmãos, suspeitos de retalharem rosto e cabeça de Antônio Flávio Valadares, 53 anos, a golpes de facão, na manhã de sábado (1º), em Campo Grande, justificaram que foram ameaçados de morte pela vítima. A agressão, com dois facões, ocorreu na esquina de um bar, na Rua Coronel Zelito Ribeiro, no bairro Zé Pereira.
Conforme o boletim de ocorrência, Ronnie Chester Rocha Arguelho, 33 anos e Paulo Roberto Rocha Arguelho, 29 anos, foram presos cerca de uma hora após o crime, enquanto se escondiam em uma região de mata, próximo à Embrapa.
À polícia, somente Paulo Roberto quis falar e contou que ele e o irmão, bebiam junto de Antônio Flávio, conhecido na região como ''Flavinho''. Paulo e Ronnie se sentiram ameaçados e por isso deixaram o local e foram para casa. Os dois pegaram dois facões e voltaram ao local onde Flavinho bebia e encheram a vítima de golpes.
''Os dois bateram ao mesmo tempo... a hora que começou a bater, eu já saí de perto'', narrou um comerciante, de 64 anos, cujo comércio fica na esquina onde ocorreu o crime. Já outra testemunha, um menor de idade, relatou à reportagem que um irmão disse para o outro, antes do ataque: ''Olha ele lá'' e em seguida disse que um deu uma voadora contra a vítima, que seria também usuária de drogas.
Ainda segundo apurado pelo TopMídiaNews, no local, Flavinho conseguiu correr dos ataques por cerca de 30 metros, até cair em frente a uma residência. Lá ele foi socorrido e, conforme um médico do Corpo de Bombeiros, a vítima tinha vários cortes na região frontal, testa e cima da cabeça (parietal); corte no ombro, mão direita e exposição de osso na mão esquerda.
Uma vizinha, que foi uma das primeiras a socorreram Flavinho, contabilizou oito golpes pelo corpo dele. O chão em frente à residência ficou tomado por sangue.
Prisão
Os irmãos foram presos em flagrante pela PM, que foi ratificada pelo delegado plantonista da Depac Centro, Rômulo Teixeira Marcelo. O policial pediu a prisão preventiva dos dois à Justiça. Marcelo alegou que a liberdade dos dois pode prejudicar a investigação e gerar medo na coletividade do bairro, sobretudo às testemunhas oculares do caso.
O juiz plantonista, Eduardo Eugênio Siravegna Junior, converteu a prisão em flagrante dos suspeitos em prisão preventiva. O espaço está aberto à manifestação dos envolvidos.