"Quando você tem secretaria de planejamento e o mesmo ministro está tocando Orçamento, PPA, gestão, recursos humanos, logística, TI, não dá conta", declarou Haddad.

Haddad sinaliza apoio a mudança no Planejamento
Haddad sinaliza apoio a mudança no Planejamento. / Foto: © Getty

Como mostrou o Broadcast Político, antes mesmo de ser recriado, o ministério do Planejamento já é alvo de uma disputa interna no governo eleito, com uma ala a favor de turbiná-lo e, outra, de desidratá-lo.

'Há uma discussão sobre o local da secretaria de planejamento, qual é o melhor local para acolher essa secretaria para que ela não seja tragada pelas secretarias que tem curto prazo muito ostensivo: orçamento, gestão, logística, governo digital têm dia a dia muito pesado e isso muitas vezes traga o tempo do ministro que acaba não tendo disponibilidade para pensar planejamento de médio e longo prazo. É isso que está sendo discutido', relatou Haddad. A decisão caberá ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A queda de braço sobre o futuro do Planejamento mira justamente quem deve assumir a cadeira. Há um grupo do PT insatisfeito com o aparente carimbo da pasta para a equipe 'não petista' que se somou à campanha no conceito de frente ampla articulado por Lula para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL). Ou seja, turbinar ou desidratar o Planejamento envolve diretamente quem estará à frente do Ministério e a necessidade de acomodar quadros históricos do partido.

Um Planejamento mais forte, contudo, é considerado nos bastidores do governo eleito fundamental para conseguir emplacar nomes de histórico liberal para o comando, como André Lara Resende, hoje mais distante dessa corrente do pensamento, e Persio Arida, favoritos para o posto.

Haddad voltou a defender um Orçamento para o ano que vem capaz de cumprir as promessas de campanha de Lula. 'O orçamento do ano que vem não pode ser menor do que desse ano', avaliou o favorito para o Ministério da Fazenda.