Policiais Militares e Civis e Guardas Civis da Fronteira foram mobilizados para a transferência.

Luccas Abagge foi transferido para o presídio Ricardo Brandão, em Ponta Porã (MS), depois de passar por exame de corpo de delito nesta segunda-feira (20). A polícia da cidade fronteiriça montou esquema de segurança reforçado para a transferência de Luccas que foi preso ao entrar no Brasil com documento falso nesse sábado (18). A polícia afirma que o homem preso é Luccas Abagge, filho de Beatriz Abagge, condenada pelo caso Evandro, no Paraná.
Policiais Militares e Civis e Guardas Civis da Fronteira foram mobilizados para a transferência.
Conforme a Polícia Civil, Luccas utilizava documentos falsos com o nome de Evandro Oliveira Ribeiro, quando foi preso em Ponta Porã (MS). Luccas é filho de Beatriz Abagge, uma das condenadas pela morte do menino Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba (PR).
O g1 teve acesso ao documento falso apresentado por Luccas durante a abordagem policial. Em depoimento, ele afirmou que seu nome era o mesmo do documento que carregava, Evandro Oliveira Ribeiro. Veja imagem acima.
Entenda o caso da prisão de Luccas em MS
De acordo com o boletim de ocorrência, quando foi abordado pela polícia, Luccas estava na companhia da esposa, que teve sua identidade preservada. A mulher alegou à polícia que conheceu o companheiro como Evandro e desconhecia os crimes pelos quais o homem foi condenado.
Foi identificado que havia um mandado de prisão de Luccas em aberto no Paraná. Luccas foi condenado, em julho de 2019, a 32 anos de prisão por homicídio qualificado e tentativa de homicídio por matar um adolescente a tiros e ferir outro, em Curitiba, em 2015.
Nesta segunda-feira (20), a Justiça de Mato Grosso do Sul decretou a prisão preventiva de Luccas Abagge. Por conta disso, o homem vai permanecer detido no estado, mesmo com duas condenações da justiça paranaense.
Segundo o registro policial, durante a abordagem foi necessário usar algemas para garantir a segurança do mesmo e dos policiais, já que Luccas estava “muito agressivo e nervoso”.
No veículo, Lucas apresentou uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com o nome de Evandro Oliveira Ribeiro. Porém, quando as autoridades consultaram o documento na Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), apareceu a foto de outro condutor.
Ao checarem o sistema do Paraná, os policiais constataram que o motorista era Luccas Abagge, filho de Beatriz Abagge, uma das condenadas pela morte do menino Evandro Caetano. Conforme o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o crime ocorreu em 1992, em Guaratuba, no litoral do estado.