Revoltados com a morte de Iva de Souza, de 48 anos, morta pelo ex-companheiro em Ivinhema — 286 quilômetros de Campo Grande — familiares pedem que o feminicídio não vire apenas estatística e pedem justiça, mesmo após a prisão do autor.

"Esperamos que não seja só mais uma nas estatísticas", pediu a irmã que também descreveu lembranças com a vítima.

"Vai ficar as lembranças da tia doida que cuidou dos meus filhos como ninguém [...] suas loucuras, suas risadas, descanse nos braços de Deus. Saudades eterna minha Iva", continuou ela.

Ao saber da notícia uma amiga ficou abalada e falou da falta que ela fará, relembrando momentos felizes juntas.

"Lembro-me quando divertimos juntas nas festas da antiga rádio clube, bons tempos! Hoje restam saudades de um passado lindo que vivemos! A vida nos prega surpresas às vezes muito duras! Descanse em paz minha amiga, seu sorrido ficará sempre em minha memória", publicou.

Feminicídio

Vítima de feminicídio na noite de sábado (4), Iva de Souza, de 48 anos, morreu por esganadura, bem como traumatismo craniano, devido à ação de objeto contundente sobre a cabeça, aponta preliminarmente laudo necroscópico.

A mulher foi morta pelo ex, de 33 anos, durante uma discussão, depois dele ir até a residência da vítima tentar reatar o relacionamento.

A primeira informação divulgada foi que a vítima havia falecido devido um golpe de canivete no pescoço, mas preliminarmente, laudo necroscópico da vítima apontou como causa morte esganadura, que é quando se constringe o pescoço da vítima com as mãos, bem como traumatismo craniano, devido à ação de objeto contundente sobre a cabeça da vítima.

Investigadores da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, capturaram o suspeito com lesões no braço e na costela. 

Inicialmente o suspeito negou a prática do crime dizendo que as lesões foram causadas durante uma briga em um bar, mas após ser levado para a delegacia confessou o crime. 

O homem foi preso em flagrante por feminicídio e ficará à disposição da justiça.