A Polícia Federal (PF) monitorou os passos do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, antes de deflagrar a operação desta terça-feira (18) para apurar crimes envolvendo a gestão do banco.
Na véspera da operação, porém, os investigadores detectaram que Vorcaro organizava uma tentativa de fuga ao exterior por meio do Aeroporto de Guarulhos.
A suspeita dos policiais é de que a informação do mandado de prisão tinha sido vazada para o dono do banco e ele buscava escapar do cumprimento da ordem. Os investigadores, então, tiveram que antecipar o cumprimento da prisão de Vorcaro, antes mesmo de deflagrar a operação.
Na noite desta segunda (17), o dono do Banco Master tentou embarcar em um jatinho particular com destino ao exterior. Porém, foi interceptado pela Polícia Federal no aeroporto, onde recebeu a ordem de prisão, por volta das 22h.
Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. Na manhã desta terça, a PF deflagrou o restante da operação. Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, dois de temporária e 25 mandados de busca e apreensão.
Outro alvo de prisão, Augusto Lima, sócio de Vorcaro no Master, também não foi encontrado em sua casa pela PF no momento da deflagração, mas foi preso pouco depois.
A suspeita da investigação é que o Banco Master fabricou carteiras falsas de crédito para vendê-las ao Banco de Brasília (BRB). São investigados crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa, dentre outros.
O Banco Central decretou nesta terça a liquidação extrajudicial do Banco Master, menos de um dia depois de o Grupo Fictor ter indicado o interesse em comprar a instituição.