Luis Francisco Caselli, doleiro que denunciou esquema de propina, é assassinado em São Paulo. Entenda os detalhes do crime e seu histórico policial.

Doleiro que revelou esquema de propina é assassinado em SP
Denunciante de esquema de propina é morto a tiros em SP.

Dois suspeitos em uma motocicleta se aproximaram quando o veículo à frente reduziu para entrar em uma garagem. Após breve conversa, o garupa atirou ao menos três vezes.

O doleiro Luis Francisco Caselli (61) foi morto a tiros na noite de segunda, no Jardim Anália Franco, Zona Leste de São Paulo. Ele dirigia um carro blindado, mas a janela do motorista estava aberta no momento do ataque.

Dois suspeitos em uma motocicleta se aproximaram quando o veículo à frente reduziu para entrar em uma garagem. Após breve conversa, o garupa atirou ao menos três vezes.

Depois dos disparos, o atirador desceu da moto e tentou retirar um rastreador instalado na parte traseira do T-Cross, mas não conseguiu. O carro avançou desgovernado, bateu em outro veículo estacionado e atingiu uma árvore. Caselli foi socorrido e levado ao Hospital Municipal do Tatuapé, mas não resistiu aos ferimentos. Até o momento, ninguém foi preso, e a Polícia Civil apreendeu um celular, o rastreador e um caderno de anotações para investigação.

Histórico policial extenso
Caselli tinha um histórico policial extenso. Em 2002, denunciou um esquema de propina envolvendo policiais. Em 2017, foi preso pela 9ª Vara Federal de Campinas sob suspeita de participação em organização criminosa, extorsão e usurpação de função, no mesmo caso que levou à prisão um delegado da Polícia Federal. Ele foi condenado por tráfico de influência, com pena reduzida em segunda instância para cinco anos e três meses.

O doleiro também havia sido detido em 2005, acusado de aplicar golpes em anúncios de comércio eletrônico usando cheques roubados e adulterados, apresentando-se com identidade falsa de procurador ou funcionário do Judiciário. Ao menos 12 vítimas o reconheceram na época.

Não foram localizados advogados que tivessem representado Caselli para comentar o caso ou o histórico de acusações.