Resende afirmou que colaboração da população no combate ao mosquito.

Apesar das suspeitas de casos do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul, a dengue é a maior preocupação da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Para o titular da SES, Geraldo Resende, a população não está combatendo os focos do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a febre chikungunya e zika vírus.
“Hoje nossa principal preocupação no Mato Grosso do Sul é a dengue. Nunca me furtei de dizer isso e de fazer um apelo para população. Infelizmente a população de Mato Grosso do Sul é pouco colaborativa. Apesar dos apelos das autoridades sanitárias e até da boa imprensa que nos ajuda muito a fazer o chamamento, as pessoas não estão preocupadas com o seu quintal, com a sua moradia, não fazem o seu dever de casa para combater os recipientes que servem de criadouro do mosquito da dengue”, afirmou ao site Dourados News nesta quarta-feira (4).
A pasta já confirmou 13 mortes pela doença em 2020. Pelos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), o estado já enfrenta uma epidemia de dengue. Resende afirmou que a pouca participação das pessoas no combate ao mosquito é resultado da falta de empenho.
“Tivemos no ano passado 29 mortes. Mortes que poderiam ser evitadas. Só esse ano já temos 13 mortes com quatro óbitos investigados, ou seja, se esses quatro casos suspeitos se confirmarem vamos ter mais da metade dos casos que tivemos em 2019 inteiro. Isso mostra que a população está negligenciando sua tarefa de ajudar as secretarias municipais de saúde com todo seu aparato”, explicou.
DADOS
No último boletim epidemiológico divulgado pela SES, no dia 27 de fevereiro, Mato Grosso do Sul tinha 20,4 mil notificações por dengue. A última vítima fatal da doença faleceu em 9 de fevereiro. De Campo Grande, o homem tinha 52 anos, portador de doença renal crônica e hipertensão.
Dos 79 municípios, 61 estão com alta incidência. Pedro Gomes é a cidade com mais notificações, no total são 284 casos e incidência de 3591,3. Em seguida, aparecem Alcinópolis - com 170 casos e incidência de 3481,5 - e São Gabriel do Oeste - com 768 notificações e índice de 3195,3.
Outras 15 cidades estão com média incidência. Apenas dois municípios registraram baixa incidência de casos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença é considerada epidêmica quando registra 300 casos para cada 100 mil habitantes.