A diferença de gastos chega a ser quase quatro vezes maior.

Dados apontam que o Brasil gasta mais com sistema prisional do que com educação básica
Diferença de gastos chega a ser quase quatro vezes maior. / Foto: Arte Jornal da USP

Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2022 mostram que, uma pessoa presa custa, em média, R$ 1,8 mil mensal aos cofres públicos. Em contrapartida, um aluno da educação básica tem um gasto mensal de R$ 470, quase quatro vezes menor.

De acordo com a Revista Planeta, os dados foram divulgados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que ressaltou o investimento mínimo anual de casa aluno, em cerca de R$ 5,6 mil.

A atualização do custo foi feito após um estudo da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP), da USP, após identificar a falta de transparência em relação às informações dos presídios brasileiros.

Segundo José Rubens Plates, que utilizou a pesquisa, o acesso aos gastos da administração carcerária está previsto na Resolução 6 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) e era sonegado ao cidadão brasileiro.

“O problema foi solucionado após a conclusão da primeira parte da pesquisa, cujos resultados da falta de transparência foram encaminhados diretamente ao Ministério da Justiça.”

Ainda conforme pesquisas nacionais e internacionais, em 90% dos casos, uma pessoa encarcerada sai do sistema prisional com dificuldades em exercer atividades cotidianas, classificadas, pelo professor, como socialização negativa.