
Fatos inusitados marcaram a passagem do papa Francisco pela América do Sul, semana passada. Ele usou como sacristia para se trocar para missa, lanchonete do Burger King em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)
Presente do presidente Evo Morales deixou o papa abismado. Crucifixo sobre o símbolo do comunismo (foice e martelo) foi entregue a Francisco que disse: isto não está certo!.
O papa tomou chá de folhas de coca, camomila e anis, para amenizar os efeitos da altitude na chegada ao aeroporto. Mas, nada de mascar coca. Francisco chamou o capitalismo de uma "ditadura sutil", pediu perdão aos povos nativos da Bolívia, pela crueldade infligida a eles e que teve a religião como desculpa.
Em passagem pelo presídio Palmosola, superlotado, o papa comparou reclusão a exclusão. Aos jovens, disse que devem fazer bagunça mas depois 'arrumar'. Também afirmou que ideologias levam sempre a ditaduras, pediu que os jovens 'joguem limpo' e afirmou que a corrupção "é a gangrena de um povo"
Em visita improvisada, o papa Francisco fez uma bênção especial sobre as mãos dos médicos que realizam transplantes em um hospital pediátrico, em Assunção, e a última missa do papa, em Ñú Guazú, noi Paraguai, foi rezada em latim e em guarani.