A diferença entre o supermercado que praticou o preço mais elevado da cidade, de R$ 594,13, e o menor, com R$ 511,18, é de R$ 82,95, ou seja, 16,23%.

Cesta básica fechou com aumento de 2,91% no mês de maio

O valor da cesta básica deste mês de maio, comparado com abril, apresentou aumento de 2,91%, é o que constata a pesquisa desenvolvida pelo Projeto de Extensão Índice da Cesta Básica do Município de Dourados, do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), realizada na última semana do mês de abril e primeira de maio.

Os produtos que compõem a cesta básica, conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), e de acordo com a Lei nº 399 que estabelece o salário mínimo são: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão francês e tomate. Os preços da cesta em abril com estes produtos ficaram em R$ 543,19, o que significa 49,38% do salário mínimo, que foi de R$ 1.100,00. Já no mês de maio, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia maior para a compra dos mesmos produtos: R$ 559,02, o que equivale a 50,82% do salário.

No âmbito nacional, o maior preço da cesta em maio foi registrado em Porto Alegre, com R$ 636,96; seguida por São Paulo, com R$ 636,40 e Florianópolis, com R$ 636,37. Em maio houve aumento em 14 das 17 capitais do país onde é realizada a pesquisa. Já os menores preços foram encontrados em Recife, com R$ 480,80; Salvador, com R$ 470,14; e Aracaju, R$ 468,43. Na capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, o preço da cesta foi de R$ 575,01. Os menores preços têm sido praticados nas capitais da região Nordeste desde o início da pesquisa.

Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, 12 apresentaram aumento em Dourados. A batata teve o maior aumento, chegando a 13,40%, tendo apresentado aumento também em abril. Os outros produtos que aumentaram de preço foram: tomate, com 11,10%; farinha de trigo, com 7,06%; açúcar, com 6,30% ; café, com 6,24%; pão francês, com 3,93%; manteiga, com 3,71%; feijão, com 2,49%; carne, com 2,07%; óleo de soja, com 1,23%; leite, com 1,03% e, com uma pequena elevação, arroz, em 0,49%. Desde que a equipe da UFGD começou a fazer esse levantamento, em 2011, nunca foi registrado situação similar, de elevação de preços de 12 dos 13 produtos que compõem a cesta básica. O único produto que apresentou queda foi a banana, com valor 9,79% mais em conta.

A diferença entre o supermercado que praticou o preço mais elevado da cidade, de R$ 594,13, e o menor, com R$ 511,18, é de R$ 82,95, ou seja, 16,23%. A equipe da pesquisa sugere que o consumidor verifique os levantamentos realizados pelo PROCON do município, que coloca essa informação, no início de cada mês, em seu site, o que facilita a comparação dos preços e apresenta o nome de cada estabelecimento.

Conforme o DIEESE, e levando em consideração a determinação da Constituição, que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família (dois adultos e duas crianças) com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o valor estimado desse salário em maio deveria ser de R$ 5.351,11, ou seja, 4,86 vezes mais que o salário mínimo atual (R$ 1.100).