Os funcionários da empresa Energisa chegaram a Rua Claudionor Rolim, 29, Bairro Tiradentes, na Capital Campo Grande por volta do horário acima mencionado, afirmando que teriam que realizar o corte do fornecimento de energia, pois havia pendências financeiras naquela unidade consumidora.

O casal de idosos a senhora Clarice Rodrigues de Oliveira (69) e seu esposo o senhor Euclides de Oliveira (78) tentaram dialogar com os funcionários da empresa Energisa, afirmando que não havia contas em aberto naquela unidade consumidora e que faz poucos meses que adquiriram o imóvel e que estava tudo pago, mas os funcionários além de cortarem a energia e dialogaram com os dois idosos de forma arrogante, se negando a entender que a casa foi recentemente comprada, contudo a idosa Clarice foi se virar para pegar a fatura da Energia já paga, que estava no interior da residência para mostrar aos funcionários que já haviam feito o corte, mas sofreu um queda da própria altura.

Após sofrer a queda, o seu esposo e os funcionários da empresa auxiliaram a erguer a idosa, e a levaram ao interior da residência, e religaram o fornecimento da energia e deixaram o local sem ao menos acionar o SAMU ou o Corpo de Bombeiros.

O neto do casal idoso Dyonnatan (que é Bombeiro Militar) foi até a residência e conduziu sua avó até a uma UPA por volta das 16:40h da terça-feira (14), onde foram realizados alguns Raio-X e constatou-se duas fraturas na bacia da idosa Clarice.

A mesma continuou na UPA até o fim da manhã de hoje (16), onde foi transladada para a unidade médica da Santa Casa, onde possivelmente será operada.

Arrogância e ameaça

Após a queda da idosa, os funcionários religaram o fornecimento da energia, mas ameaçaram o idoso Euclides, afirmando que se a conta não fosse paga naquele dia, no dia posterior eles iriam retornar à residência e realizariam corte no fornecimento da energia novamente.

Familiares do casal estão apreensivos com o caso, e já estão buscando meios legais e judiciais para cobrar responsabilidades sobre o corte irregular, e mover uma ação judicial para imputar responsabilidades a empresa energética.

Maracaju

Em Maracaju ocorreu um caso parecido, onde o cliente da empresa Energisa realizou o pagamento de uma fatura no mês Abril de 2018, e após cerca de oito meses a empresa cortou o fornecimento de energia da residência alegando que o cliente não havia pago a referida fatura, e registrou o nome do cliente no SPC SERASA.

Mesmo o cliente levando a fatura paga a central da Energisa em Maracaju, a atendente informou ao cliente que o mesmo teria que emitir uma segunda via da fatura que gerou o corte, realizar o pagamento, e após isto pedir a religação, e que posteriormente o cliente montasse um processo requerendo o valor pago em duplicidade.

O cliente agiu de forma diferente acionou um advogado e provou que o débito havia sido pago, e o Juiz da comarca emitiu liminar solicitando o religamento em caráter de urgência/emergência, e foi iniciado processo judicial.

Em audiências posteriores a empresa Energisa, não entrou em acordo com o cliente e possivelmente a empresa será onerada com um valor na casa dos 7 mil reais, a pagar ao cliente de forma indenizatória.