
Em um vídeo divulgado nesta terça-feira (3), o grupo terrorista Wilayat Sinai, braço do Estado Islâmico na Península do Sinai, promete atacar Israel "em um futuro próximo" e "conquistar Roma".
"Esse é só o início. Os nossos encontros acontecerão também em Roma e Jerusalém", diz o narrador. Geralmente, a capital da Itália é mencionada por jihadistas como um símbolo do cristianismo.
A polícia da Itália decidiu estabelecer uma zona de segurança máxima ao redor do Coliseu de Roma, um dos pontos turísticos mais visitados do país.
De acordo com o novo dispositivo, serão montados diversos pontos de bloqueio nos arredores do Anfiteatro Flaviano. Além disso, a Via del Corso, uma das principais artérias do centro histórico da capital italiana, ganhará um esquema de vigilância especial, com participação do exército.
A justificativa para o reforço na segurança é o período de férias de verão, que modificou o modo de viver da cidade de Roma e exigiu mudanças no plano antiterrorismo. No fim do ano passado, o EI divulgou na internet um vídeo que mostrava tanques de guerra avançando contra o Coliseu.
Também apareciam na gravação outros pontos de destaque da "cidade eterna", como o Altar da Pátria - que fica em uma das extremidades da Via del Corso -, a praça Navona e a praça São Pedro, já no Vaticano.
Esta última também teve sua proteção reforçada, com sua área de segurança estendida até os Bastiões de Michelangelo, muro situado ao lado dos Museus Vaticanos e que delimita a fronteira do menor país do mundo. A vigilância ainda foi aumentada em outros pontos religiosos de Roma, inclusive na periferia.
Atualmente, a capital da Itália recebe o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, um dos maiores eventos do catolicismo nos últimos anos e que tem atraído milhões de peregrinos do mundo inteiro. No entanto, esse intenso fluxo de turistas elevou a preocupação sobre possíveis ataques jihadistas na cidade, já que a Igreja Católica é um dos principais alvos do Estado Islâmico.
A ministra da Defesa italiana, Roberta Pinotti, afirmou que o governo do país está disposto a "avaliar positivamente" qualquer pedido do uso de suas bases aéreas ou do espaço aéreo para os ataques aéreos dos Estados Unidos contra o Estado Islâmico na Líbia. Segundo a autoridade, a permissão pode ser dada se as ações militares representarem "um fim mais rápido e eficiente" na campanha militar contra os extremistas.
A ministra falou à Câmara dos Deputados, em Roma. A Itália já havia dito que sua base de Signonella, na Sicília, poderia ser usada por aeronaves não tripuladas (drones) armadas dos EUA, se necessário para defender as forças norte-americanas.