Bastaram 100 m² cultivados como demonstração.

Área com o sorgo gigante vira “point” para produtores no Showtec 2020
Público foi em peso conhecer o sorgo gigante no Showtec 2020. / Foto: Ariosto Mesquita

Apenas com esta pequena área, o sorgo Agri 002E (conhecido como o sorgo gigante boliviano) tornou-se sensação no Showtec 2020, feira agrotecnológicas que termina nesta sexta-feira (24.01) em Maracaju.

Nos dois primeiros dias do evento o estande da AgricomSeeds (multinacional sul-americana detentora da tecnologia) ficou pequeno para tantos produtores, a maioria absoluta interessada em utilizar a variedade para produzir e oferecer volumoso barato e funcional a bovinos de corte (silagem para abastecimento dos cochos) além de reestruturar solo e produzir palhada de qualidade para o plantio de soja.

O híbrido apresentado no Showtec atingiu uma altura de 4,20 metros, 95 dias após plantio (ainda longe do ponto de maturação que permite alcances entre cinco e seis metros). O material ficou em uma posição estratégica e, pelo seu porte, era possível ser visto a partir de vários pontos da feira. Uma régua foi fixada bem à frente do conjunto de plantas indicando sua altura. Era quase impossível o visitante do Showtec resistir a uma selfie.

Mas o espaço da AgricomSeeds se destacou mesmo como “point” dos produtores.  Já passaram pelo estande agricultores e pecuaristas de vários estados brasileiros (sobretudo do MS, MT, PR, GO e BA) e do Paraguai. Muitas lideranças do agronegócio também foram conhecer o híbrido, entre elas o chefe-geral da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), Ronney Robson Mamede; o prefeito de Figueirão, Rogério Rosalin (junto com representantes da Associação dos Criadores de Camapuã – Acricam); o presidente do Sindicato Rural de Miranda e Bodoquena, Massao Ohata e o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Alessandro Coelho.

Este último ficou “impressionado” com o porte e versatilidade do sorgo. “Achei o produto fantástico para silagem. Certamente vai tomar um bom lugar no mercado e aumentar a rentabilidade do pecuarista. Dentre algumas coisas que me chamaram atenção estão trabalho com índices pluviométricos baixos, o aprofundamento de raízes e seu reduzido custo”, conta Coelho. Nas últimas semanas a AgricomSeeds registrou no sul de Goiás um custo médio de produção de silagem na casa de R$ 0,03 centavos/kg na utilização do Agri 002E como matéria-prima. Indagado se usará em sua propriedade, Alessandro Coelho não pensou duas vezes: “Este sorgo gigante eu vou experimentar”.

Outra liderança que marcou presença para conhecer detalhadamente o sorgo gigante foi o presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores de Novilho Precoce (Novilho MS), Nedson Rodrigues Pereira. Ele e seu irmão, José Rodrigues Pereira, têm interesse em introduzir o material forrageiro para produção de silagem e palhada na Fazenda Cachoeirão, em Bandeirantes, MS.

De quebra, os dois acertaram com o diretor da Latina Sementes (subsidiária da AgricomSeeds para os mercados brasileiro e paraguaio), Willian Sawa. Uma parceria para o já conceituado dia de campo na propriedade, em janeiro de 2021. Ao longo da feira a AgricomSeeds também encaminhou participação ativa em feiras pecuárias em alguns municípios do MS, entre eles Camapuã e São Gabriel do Oeste.