Segundo moradora, a escola foi fechada por um grupo que "mistura assunto interno da comunidade com a escola".
Após uma semana fechada, por conta de um protesto, a Escola Municipal Indígena Polo Presidente João Figueiredo, na Aldeia Lalima voltou a ter aulas. A escola retomou as atividades nesta quarta-feira (16). De acordo com o relato de uma moradora da comunidade, o colégio atende cerca de 360 crianças.
Na última sexta-feira (11), pais e alunos foram para a frente da escola pedir a volta das aulas. Em maio deste ano, responsáveis pelas crianças também realizaram uma manifestação em frente à Prefeitura Municipal para reivindicar a conclusão das obras da escola.
Segundo a Secretaria de Educação de Miranda, o fechamento da escola ocorreu por conflitos internos da comunidade. Um representante da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) esteve no local na terça-feira (15).
De acordo com uma moradora da comunidade, que não quer ser identificada, o mesmo grupo de pessoas que fechou a escola, se reuniu em torno do carro do representante da Funai exigindo a assinatura de uma ata para a dissolução do mandato do cacique eleito. "Eles misturam a escola com assunto interno da comunidade. Eles se juntaram em volta do carro e diziam que enquanto ele não assinasse a ata, eles não o liberariam para ir embora", pontuou a moradora.