Os números apontam que, segundo o Censo Demográfico 2022, no Estado havia 80.248 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade.

Dados divulgados na sexta-feira (17/5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a taxa de analfabetismo entre a população indígena caiu mais de 8% no Mato Grosso do Sul.
Os números apontam que, segundo o Censo Demográfico 2022, no Estado havia 80.248 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade. Do total, 71.708 eram alfabetizadas.
“A comparação dos resultados para as pessoas indígenas, entre os anos de 2010 e 2022, denota uma redução da taxa de analfabetismo desse grupo populacional para o MS como um todo, tendo passado de 20,5% para 12,3%”, diz o Instituto ao comparar os dois períodos diferentes do Censo.
As pessoas indígenas com 65 anos ou mais são aquelas com a maior taxa de analfabetismo, de 42,5%, muito próxima da taxa de analfabetismo nacional na mesma faixa etária (42,9%).
Em Mato Grosso do Sul, as menores taxas são encontradas entre os indígenas de 15 a 19 anos de idade, com 2,2%.
Os homens indígenas apresentaram uma taxa de alfabetização de 89,2%, um número 3,0 pontos percentuais acima da taxa de alfabetização das mulheres indígenas no Censo 2022.
“A desagregação da taxa de alfabetização das pessoas indígenas por sexo e grupos de idade demonstra que as mulheres indígenas têm taxa de alfabetização ligeiramente superior entre os 15 e 34 anos de idade, mas que a partir dos 35 anos de idade a taxa de alfabetização dos homens indígenas se torna superior, com diferenças maiores para o grupo de 65 anos ou mais (10,6 pontos percentuais), o que aponta para um possível maior acesso das mulheres indígenas à educação nas faixas de idade mais jovens”, revela o levantamento.
Entre os municípios sul-mato-grossenses, sete possuem 100% de taxa de alfabetização das pessoas indígenas: Alcinópolis, Aparecida do Taboado, Ladário, Pedro Gomes, Selvíria, Sonora e Taquarussu.
Na posição oposta, os municípios com menor taxa de alfabetização de pessoas indígenas foram Santa Rita do Pardo (60,0%), Caracol (66,7%) e Vicentina (71,5%).