A valorização da moeda americana ajudou a neutralizar a pressão baixista.

 Alta do dólar sustenta milho no mercado interno
A valorização da moeda americana ajudou a neutralizar a pressão baixista. / Foto: Pixabay

O mercado de milho encerrou a semana sob influência direta das oscilações cambiais e do comportamento das bolsas internacionais, movimento que marcou as negociações desta sexta-feira. Segundo a TF Agroeconômica, o dia foi marcado pela disparada do dólar no Brasil, que avançou 2,31% na sessão e 1,83% no acumulado semanal, impulsionado por fatores políticos. 

A valorização da moeda americana ajudou a neutralizar a pressão baixista vinda de Chicago e permitiu que o mercado doméstico mantivesse um tom firme. No físico, os preços subiram 2,24% na semana, enquanto o milho FOB nos portos registrou alta de 2,27% no mesmo comparativo.

A demanda interna e externa continua aquecida. Dados da Anec indicaram aumento de 6,5% nas exportações em novembro e previsão de avanço de 37,8% em dezembro frente aos mesmos meses do ano anterior. Mesmo assim, os contratos futuros na B3 tiveram desempenho misto. Janeiro de 2026 fechou o dia em R$ 74,23, com leve queda diária e ganho semanal de R$ 1,01. Março de 2026 encerrou a R$ 76,14, com pequena alta no dia e avanço de R$ 1,23 na semana. Maio de 2026 ficou em R$ 75,52, recuando no pregão e acumulando alta de R$ 1,28 no período.

Em Chicago, o movimento foi mais contido. O milho terminou a sexta-feira praticamente estável e acumulou queda na semana. Dezembro fechou em baixa de 0,23%, a 436,75 cents por bushel, enquanto março recuou 0,56%, para 444,75 cents. A consultoria destacou que o mercado permanece preso a uma faixa estreita de oscilação diária. Com demanda consistente, agentes aguardam possível redução dos estoques finais no relatório do USDA. Apesar da forte safra americana e da concorrência brasileira, o ritmo das exportações dos Estados Unidos segue surpreendendo, mas não impediu recuo semanal de 0,67%, equivalente a três cents por bushel.