Os investigados, dois adolescentes de 16 e 17 anos, confessaram que escolheram a vítima deliberadamente depois do velório de uma tia.

Os detalhes do estupro de uma criança de 3 anos, na última sexta-feira (1º), na Aldeia Amambai, cidade de mesmo nome, são estarrecedores.
Os investigados, dois adolescentes de 16 e 17 anos, confessaram que escolheram a vítima deliberadamente depois do velório de uma tia.
Segundo o inquérito policial, a vítima saiu de casa enquanto a mãe cuidava da filha mais nova, e ficou desaparecida por algum tempo.
Os pais iniciaram buscas pela vizinhança, porém ela só foi encontrada a mais de 7 km de sua residência, na casa de uma agente de saúde, que a recolheu chorando bastante e machucada.
Em casa, a mãe foi dar banho na vítima, quando percebeu a presença de fezes e sangue na pequena.
Ela retornou à residência da agente de saúde, que contou ter resgatado a criança andando nas proximidades, chorando muito, sem conseguir dizer quem eram seus pais. Ela acolheu a pequena e acionou as lideranças indígenas.
Durante as investigações do caso, com informações prestadas por testemunhas, o Capitão da Aldeia Amambai localizou um dos autores do estupro de vulnerável, que informou o nome de segundo envolvido.
O laudo de exame de corpo de delito – conjunção carnal atestou: "hímen semi-perfurado, com rotura incompleta localizada em região interna; (...) ânus com hematoma peranal associado a escoriações, fissura e fezes", demonstrando estupro mediante violência.
Os infratores confessaram o crime. Em interrogatório, o adolescente de 16 anos relatou que estava com o amigo no velório de sua tia. Por volta das 15h50, saiu com ele para comprar pinga e encontraram a criança no caminho.
O rapaz disse que o amigo teve a ideia de estuprarem a criança e foram para o mato perto da escola da Aldeia. O amigo teria estuprado primeiro e ele em seguida. Depois, eles deixaram a criança perto da escola e foram para casa.
O menor com 17 anos disse que o amigo segurou a lanterna para que ele molestasse a criança. Na sequência, foi a vez do mais jovem. Por fim, foram beber pinga. O segundo autor revelou ainda que conhecia a criança e o pai dela, mas não sabia de onde.
Em decisão do dia 3, o juiz decretou a internação provisória dos dois adolescentes pelo prazo de 45 dias.
Ele recebeu a representação contra os jovens e marcou audiência de apresentação e custódia para o dia 4. Na audiência, o juiz manteve a internação provisória e designou audiência de continuação para o dia 26.