Mãe de uma aluna revela que existe 'tensão' na escola, porque vítima de agressões seria parente de membros de boca de fumo.

Adolescentes que agrediram homem no Jardim Aeroporto estariam sendo ameaçados
Alunos agrediram com socos e chutes o homem. / Foto: Reprodução/Instagram @passeandoemcampogrande

As agressões feitas por dois adolescentes com uniformes da Rede Estadual de Ensino a um homem no Jardim Aeroporto, em Campo Grande, na tarde desta quinta-feira (4), parece estar tendo consequências pesadas. A mãe de uma aluna, que preferiu manter o anonimato, revelou que os jovens estão sendo ameaçados e teme pelo pior na escola.

Conforme noticiado pela reportagem, a violência divulgada em vídeo nas redes sociais teria acontecido após um boato de que a vítima teria aliciado uma criança e deixado ela passar a mão em seu genitália. Porém, até o momento, a informação não foi confirmada.

As imagens também foram compartilhadas pelas redes sociais da página @passeandoemcampogrande. Em trecho do vídeo, um aluno dispara "ele [homem] estava 'jackando' sua filha aí, deixando a guria passar a mão no p.. dele, qual que é?!!".

A mãe procurou a reportagem para explicar que existe uma certa 'tensão' na Escola Estadual José Mamede de Aquino por conta dessas ameaças contra os adolescentes. A mulher ressaltou que a família da criança tinha conhecimento do suposto aliciamento.

Só que o senhor em questão, que aparece no vídeo recebendo as agressões, seria parente de pessoas envolvidas com o tráfico na região e possuem uma 'boca de fumo'. Por isso, a mãe dessa aluna não quer que aconteça algo de pior contra os alunos.

"Imagina se acontecesse tiroteio na frente da escola, estou muito preocupada", limitou-se a dizer.

O TopMídiaNews procurou a SED (Secretaria de Estado de Educação) e recebeu uma nota explicativa que nestes casos, não cabe sanção disciplinar para os alunos, pois os atos ocorridos "fora do horário de aula e fora do ambiente da unidade escolar".

Porém, se houver necessidade, "a escola pode fornecer informações - em casos de atos infracionais - para o envio junto ao Conselho Tutelar, que é responsável por dar os devidos encaminhamentos quando jovens com menos de 18 anos estão envolvidos", finalizou a nota.