Mãe foi acusada do crime em 2016 na cidade de Pinhais no Paraná.

Acusada de matar bebê recém-nascido e jogar no lixo é absolvida pelo júri
Criança foi abandonada no lixo. / Foto: Ilustração/ Reprodução Metrópoles/ Facebook

Camila de Souza Maciel, acusada de jogar o filho recém-nascido em uma lixeira e provocar sua morte foi absolvida pelo Tribunal do Júri de Pinhais-PR nessa quinta-feira (18).

Segundo o advogado de defesa de Camila, Elson Marcelino da Silva Junior  o caso foi extremamente complexo e levou muita emoção a todos. O júri começou por volta das 9h e só terminou às 16h.

“Ao término, a juíza mencionou que foi o júri mais difícil que ela já havia atuado, com promotores jurados e até mesmo a juíza emocionados. Ela vê que a sociedade saiu ganhando”, disse o advogado ao site Banda B.

Gravidez na adolescência 
Segundo o portal, Camila teve o primeiro filho aos 14 anos, o que fez ela ser expulsa de casa. Logo depois, teve outro filho aos 17 anos. O abandono do recém-nascido, que seria seu terceiro filho, ocorreu em maio de 2016, quando a jovem estava com 18 anos.

O corpo da criança foi encontrado por um coletor de lixo que realizava trabalhos na região do bairro Vila Amélia, em Pinhais. Ele teria visto uma sacola e, quando juntou o saco de lixo, viu que se tratava do corpo de uma criança.

Logo após a Delegacia de Pinhais iniciar as investigações, muitas informações e denúncias apontavam Camila como autora do crime. Após intimação, ela compareceu a delegacia e confessou. Na época, a jovem alegou que jogou o recém-nascido no lixo para ocultar o nascimento. Tudo isso foi comprovado por laudo, que provou que a criança nasceu com vida.

Camila alegou que a situação financeira era difícil e já tinha dois filhos. A jovem é de uma família pobre de Pinhais, e na época, morava nos fundos de um terreno, em uma casa de duas peças. Não constava com passagem pela polícia, e não era usuária de drogas. Ela teria escondido a gravidez da mãe e do marido. Desde então foi presa e encaminhada a Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), onde aguardava julgamento.

Os jurados tiveram resultado final dividido, mas optaram pela absolvição da acusada. A decisão foi embasada em laudos que apontavam que a jovem não estava com 100% da capacidade intelectual, emocional e cognitiva de discernimento. Por conta disso, o Conselho de Justiça acolheu a tese defensiva de clemência, absolvendo a acusada.