“Estamos confiantes na justiça e esperamos que a CPI reverta essa decisão da justiça e que os trabalhos de aferição tenham continuidade”, argumento Venício Leite.

Ação da Energisa contra aferição de medidores é prova de sua culpa na cobrança irregular em MS
Venício Leite. / Foto: Assessoria de Imprensa

A simples, porém desesperada iniciativa da Energisa de entrar na justiça para suspender os trabalhos de aferição dos medidores de consumo de energia elétrica residencial em Mato Grosso do Sul, é prova de que houve sim cobrança indevida de consumidores em todo o Estado. Esta conclusão é do Movimento Energia Cara Não, que pede rigor da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa, criada pela Assembleia Legislativa, para investigar as denúncias de milhares de consumidores de que a cobrança irregular girou entre 400 e até 1.000% sobre a média dos valores que vinham sendo registrados, afirma o empresário Venício Leite, líder do movimento.

Ele informou que a aferição dos medidores seria feita no interior de São Paulo, na USP de São Carlos/SP, a pedido da CPI, e os trabalhos acabaram sendo suspensos por uma liminar conseguida pela Energisa, contra a continuidade dos trabalhos.

A aferição iria começar assim que fossem encaminhados os 200 medidores residenciais àquela unidade de pesquisa. Até agora já havia sido feito o envio de 106 medidores de energia elétrica. Faltavam 94, que poderiam ser enviados em dois ou três dias, informa Venício Leite, que tem acompanhado de perto todo trabalho da CPI. Até porque, foi o movimento quem sugeriu aos parlamentares do Estado, que criassem a CPI para investigar a avalanche de denúncias e reclamações de consumidores em diversos municípios de Mato Grosso do Sul.

“Estamos confiantes na justiça e esperamos que a CPI reverta essa decisão da justiça e que os trabalhos de aferição tenham continuidade”, argumento Venício Leite, que espera uma decisão também da própria Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, em favor dos consumidores sul-mato-grossenses que foram e (muitos) continuam sendo prejudicados economicamente na Capital e no interior.

“Insistimos: Se a Energisa não tinha nada o que temer quanto às suas cobranças pelo fornecimento de energia elétrica no Estado, por que ela entrou com ação para impedir que organismos sérios e isentos, como a USP de São Carlos/SP, efetuassem a simples aferição técnica dos medidores? ”  Questiona Venício Leite. Para ele, o desespero da Energisa de impedir a aferição, já é prova de que ela não vinha agindo corretamente com esse serviço de medição e cobrança de energia em Mato Grosso do Sul.

Além disso, segundo Venício Leite, a Energisa teria todo o direito de recorrer de qualquer resultado de pesquisa feita pela CPI. A Justiça, segundo ele, permite isso. A empresa poderia solicitar uma contraprova e assim por diante, argumenta o empresário do Movimento Energia Cara Não.