Atualmente cerca de 700 mil estudantes cursam as disciplinas jurídicas em mais de mil faculdades, universidades e centros universitários espalhados pelo país.

Direito em alta

Luiz Gonzaga Bertelli*

A carreira de direito – uma das mais antigas da história da humanidade – continua como uma das mais cobiçadas pelos jovens. Atualmente cerca de 700 mil estudantes cursam as disciplinas jurídicas em mais de mil faculdades, universidades e centros universitários espalhados pelo país. É um número elevado, se levar em conta que em países como os Estados Unidos o curso é oferecido por cerca de 160 universidades.

Segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo (OAB-SP), existem atualmente um milhão de advogados em atividade no país – 40% desse contingente atuam no Estado de São Paulo. Esse número poderia ser muito maior se a própria OAB não selecionasse os profissionais pelo famoso “exame da ordem”. Para conseguir a regulamentação para a atividade jurídica, no final da graduação, os estudantes devem ser aprovados no exame. Há, no entanto, uma média de 80% a 90% de reprovação.

Esse controle, no entanto, é providencial, e visa garantir a qualidade do exercício profissional. Infelizmente é sabido que a educação vai muito mal das pernas. Os resultados pífios dos alunos brasileiros do ensino fundamental e, principalmente, do ensino médio, nas avaliações internacionais, são uma prova do descaso com a educação. Com isso, eles levam essas deficiências à faculdade. E como em grande parte dos cursos, o vestibular é apenas proforma, é no exame da OAB que os graves problemas do ensino aparecem, como dificuldades de compreender e redigir textos.

Uma das maneiras de melhorar a formação dos estudantes da área jurídica é por meio do estágio. Na capacitação prática, os estudantes convivem com profissionais experientes e aprendem tecnicamente a mexer com petições, recursos e processos, conhecendo a dinâmica da carreira. Com o intuito de estimular a abertura de oportunidades aos alunos para o aprimoramento dos futuros profissionais e identificar as fragilidades no ensino de direito, o CIEE atua em consonância com a Comissão Acadêmicos do Direito da OAB-SP, estimulando o contato entre escritórios de advocacia e estudantes. Além disso, o CIEE tem parceria com uma série de órgãos públicos por todo o Brasil, oferecendo sistematicamente vagas aos estudantes da profissão que, como costuma dizer o jurista Ives Gandra Martins, “é a mais importante, porque, sem ela, não há sociedade organizada.”

*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de História (APH)

Sobre o CIEE

Desde sua fundação, há 53 anos, o CIEE já encaminhou 16 milhões de estudantes para estágio e aprendizagem em milhares de empresas e órgãos públicos parceiros. Para se ter ideia, o contingente de estagiários é maior do que a população da cidade de São Paulo. A marca confirma o crescente reconhecimento da eficácia do estágio e da aprendizagem em duas importantes frentes: como capacitação prática dos jovens para o mercado de trabalho e como fonte de recrutamento de novos talentos. O CIEE também desenvolve uma série de ações de assistência social, com total gratuidade aos beneficiados e destinadas, em especial, a segmentos em situação de vulnerabilidade social como: Programa de Educação à Distância, Inclusão de Pessoas com Deficiência, Alfabetização para Adultos, Desenvolvimento Estudantil e Profissional, Programa de Orientação e Informação Profissional, Orientação Jurídica Gratuita à População Carente (Projur), Cursos Gratuitos de Informática, além de Ciclos de Palestras, Concursos Literários – que estimulam a escrita e a leitura -, Feira do Estudante - Expo CIEE, entre outros.