Maria José Flores Melin, 56 anos, teve uma compressa cirúrgica esquecida dentro da barriga após uma operação de reconstrução intestinal

Mulher tem compressa cirúrgica esquecida dentro do abdômen
Cirurgia de retirada da compressa da paciente. / Foto: Rádio Caçula

Maria José Flores Melin, 56 anos, teve uma compressa cirúrgica esquecida dentro da barriga após uma operação de reconstrução intestinal. O procedimento foi realizado no dia 17 de dezembro no CDC (Centro de Cirurgia e Diagnóstico) de Três Lagoas. O erro foi descoberto nesta semana e a remoção do material foi feita na terça-feira (10).

A filha da paciente havia desconfiado que algo não havia saído como o planejado durante a cirurgia, pois o ferimento não cicatrizava e a mulher sentia fortes dores.

Maria comparecia ao CDC diariamente para refazer o curativo, mas a partir do dia 23 de dezembro a unidade entrou em recesso e o procedimento foi realizado em casa, quando por uma abertura na sutura foi possível avistar o que parecia ser um pedaço de pano.

O fato foi informado aos médicos que atendiam a paciente, mas eles diziam que nada havia sido esquecido dentro dela e que se tratava de um pedaço de gaze que deveria ser retirado posteriormente.

Nesta semana, ao refazer novamente o curativo, a enfermeira responsável notou que havia algo estranho com a ferida e acionou o médico de plantão, que por sua vez viabilizou imediatamente uma cirurgia para retirada do material.

O prontuário, obtido pela Rádio Caçula, diz que Maria desenvolveu um quadro de infecção pós-cirúrgica após a reconstrução intestinal, tendo sido encontrado dentro da abertura abdominal um material "com aspecto de compressa cirúrgica", sendo a paciente encaminhada para avaliação detalhada.

Por outro lado, o médico responsável pela operação disse à emissora que o pano estava abaixo da ferida operatória e não na cavidade, como informou o documento de internação. Além disso, afirmou que o material pode ter sido deixado durante os procedimentos de limpeza e curativo. A cirurgia, na avaliação dele, foi bem sucedida e ajudou a mulher a viver mais dignamente.

Em nota, o CDC corrobora a tese levantada pelo cirurgião e informa que Maria foi assistida e acolhida a todo momento.